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Restauração da Independência de Portugal – 1 de Dez.1640

1º de Dezembro - Feriado Nacional – comemorou-se, ou dever-se-ia ter comemorado, como no meu tempo de escola, o Dia da Restauração. Então, nesse dia, havia festa, recebíamos umas guloseimas e um lápis (lembro-me de um ano ser da “Casa do Coração de Jesus de Edmundo Machado Ávila e F.os”) e até cantávamos uma canção patriótica, ensinada pelo professor e que começava assim: Portugueses é chegado o Dia da Redenção…
Outros tempos…
Este ano, poucas são as instituições, no país, que assinalam a efeméride, destacando-se a Casa de Bragança, Real Família Portuguesa, herdeira ou representante, como se preferir, da Família Real Portuguesa, assinalou o feriado nacional convidando a população lisboeta para uma Missa solene de Acção de Graças, na Igreja Paroquial de Santa Justa, no Largo de São Domingos; depois foi prestada homenagem aos Heróis da Restauração, na Praça dos Restauradores, em Lisboa.

Também em Guimarães se comemora a Restauração da independência de Portugal, o que constitui desde há largos anos, uma efeméride historicamente relevante, naquela cidade-berço da nossa nacionalidade, organizada pelo Grupo Cultural e Recreativo ”Os Vinte Arautos de D. Afonso Henriques” e que, desde há poucos anos, conta ainda com a colaboração da autarquia vimaranense, na logística da realização do programa, já muito popular na cidade minhota. Aliás as comemorações desdobram-se por vários dias desde 27 de Novembro e incluem diversos concertos de música clássica erudita, musica coral popular, hastear das bandeiras e desfile alusivo, com trajes e costumes do século XVII.

Enfim, não sei se foi comemorado na nossa ilha este feriado e a sua simbologia, mas nunca é demais relembrar este marco da história pátria: “A Restauração - assim se designa tradicionalmente o movimento histórico que restituiu Portugal, à plena autonomia a partir de 1 de Dezembro de 1640, usurpada sessenta anos antes, pela Espanha centralista e imperialista de Felipe II. Em 1580, deixada a Nação em crise sucessória pela morte do jovem D. Sebastião, em Alcácer Quibir e pelo remate da sucessão precária do Cardeal D. Henrique, o monarca espanhol impôs pela força das armas os seus pretendidos direitos à coroa portuguesa, em detrimento dos demais candidatos ao trono. É certo que, nas Cortes de Tomar, em 1581, Filipe II jurou manter todas as prerrogativas de autonomia de Portugal como Estado e Nação, ligando o reino de que se apossara à coroa espanhola num regime de monarquia dual, por união dinástica. Mas as promessas juradas foram sucessivamente traídas, ainda no reinado do soberano que as firmara, agravando-se nos reinados seguintes e acumulando-se razões de queixa que propiciaram o movimento “restaurador”: violações de privilégios tradicionais, empobrecimento geral, arrastamento de Portugal para as lutas europeias em que Espanha se envolvia e suas derivantes em territórios ultramarinos, agravamentos assíduos de impostos, etc. A Restauração significou, assim, antes de tudo, o restabelecimento do Estado Português na plenitude da sua soberania – o que implicava, à luz da ideologia jurídica da época, a instauração de uma nova dinastia representativa da vontade nacional autónoma e apta a obter o reconhecimento das outras potências europeias. O grupo de conspiradores que promoveram o golpe de 1 de Dezembro, constituído por nobres e juristas, fez aclamar o Duque de Bragança, D. João (…), que foi proclamado monarca legítimo logo depois do movimento insurreccional (…). A coroação de D. João IV efectuou-se em Lisboa, no Terreiro do Paço, em 15 de Dezembro de 1640.” In: Metro News. Lembrar a nossa história é respeitar os nossos antepassados, que com altruísmo nos legaram uma Nação livre.

 

 

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